O Homem do Saco

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O Homem do Saco Na pequena vila de Pedra Seca, cercada por florestas densas e trilhas esquecidas, havia uma lenda antiga contada de geração em geração: a do Homem do Saco. Diziam que ele surgia ao cair da noite, com passos lentos e um saco de estopa nas costas — um saco grande o suficiente para carregar uma criança, ou duas... ou três. Com olhos fundos e um rosto escondido sob um chapéu puído, ninguém sabia de onde ele vinha. Só sabiam que ele levava embora as crianças desobedientes. As mães o mencionavam sempre que os filhos faziam birra, se recusavam a dormir, ou brincavam sozinhos depois do pôr do sol. “Se você não se comportar, o Homem do Saco vai te levar!” — diziam elas. Algumas crianças riam. Outras tremiam. Mas uma noite, tudo mudou. Era véspera de São João. As fogueiras já começavam a ser montadas, e os fogos iluminavam o céu. Mas Lucas, um menino de nove anos, teimoso e curioso, decidiu que queria ver o tal Homem do Saco com os próprios olhos. “É só história de velho”, dizia ele, rindo dos avisos da avó. Às escondidas, Lucas saiu de casa pouco antes da meia-noite. Levava uma lanterna velha, um cobertor e coragem de sobra. Caminhou até a beira da floresta, onde, segundo os mais velhos, o Homem do Saco rondava. O tempo passou. O silêncio era pesado, cortado apenas pelo som dos grilos. Mas então, ele ouviu. Um som seco, como algo sendo arrastado. Depois, passos pesados. A luz da lanterna tremia junto com as mãos de Lucas. E então ele viu… uma sombra alta, muito mais alta do que um homem comum, com um saco enorme nas costas, se movendo lentamente pela trilha. O coração de Lucas disparou. Ele tentou correr, mas tropeçou em uma raiz. Quando olhou para trás, a sombra estava mais perto. E então, uma voz rouca sussurrou: “Você ficou acordado... E agora vai comigo.” Dizem que a avó de Lucas o procurou por dias. Encontraram a lanterna e o cobertor, mas dele… nada. Desde então, em Pedra Seca, nenhuma criança ousa sair depois do pôr do sol. E nas noites frias, quando o vento sopra entre as árvores, às vezes ainda se ouve um saco sendo arrastado… e o sussurro distante: “Mais um pro meu saco…”

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